S. AGOSTINHO, Sermão, 25,3:
3. Os nossos dias são maus? Mas não é verdade que vivemos dias maus, desde que fomos expulsos do paraíso? Os nossos antepassados lamentaram os seus dias e os avós deles lamentaram os seus dias. Não houve ninguém que ficasse contente com os dias em que viveu. Mas os dias, em que os antigos viveram, agradam aos que vêm depois. E aos antigos, por sua vez, agradavam‑lhes os dias que não experimentavam e era por não os terem experimentado que lhes agradavam. Na verdade, o tempo presente provoca uma sensação amargosa. Não quero dizer que essa sensação amargosa esteja mais próxima, mas o coração pressente‑a todos os dias. Todos os anos dizemos muitas vezes, quando sentimos frio: “Nunca houve um frio assim. Nunca houve um calor assim”. No entanto, Aquele que o faz, fê‑lo sempre. Mas feliz o homem a quem tu corriges, ó Senhor, para lhe suavizares os dias maus.
Pois é!...
ResponderEliminarLembro-me, a propósito, os "ingratos hebreus" que libertados por Moisés da escravidão do jugo egipcio e guiados por este através do deserto para a sua nova terra, não paravam, ao mínimo problema, de "atazanar" o juizo do seu grande lider, com chantagem do género, "qua saudades das cebolas do Egipto".
De facto isto não é novo !