domingo, 29 de julho de 2012

Faleceu mais um Franciscano de Penude



Ontem, dia 29, faleceu, na Enfermaria Provincial do Seminário da Luz, em Lisboa, o Frei César Pinto da Silva. Este franciscano simples e sempre simpático, nasceu em Penude, Lamego, a 1 de Maio de 926. Filho de José Pinto e de Francisca da Silva, tomou o hábito franciscano pela primeira vez em a 14 de Agosto de 1951 e fez a sua primeira profissão, depois de terminado o noviciado, no mesmo dia um ano depois. Em 8 de Novembro de 1956, tendo revelado boas qualidades humanas e virtudes cristãs que a Regra de Francisco de Assis requer, viu confirmado o seu desejo de abraçar definitivamente a forma de vida do Pobrezinho de Assis. A sua primeira casa foi Vilarinho, em Espanha, um convento que então pertencia à Província Franciscana Portuguesa. Aí viveu e trabalhou entre 1952-1954. Fez a sua preparação para professar solenemente na Ordem dos Frades menores no Seminário da Luz, Lisboa, onde residiu, para esse fim, entre 1954 e 1956. Depois de Professar solenemente no Convento de Varatojo, aí ficou a integrar a Comunidade local, até 1966. Seguiu depois para Leiria, onde viveu os anos 1964-1967. Voltou então a Vilarinho, onde passou três anos  (1967-1970). Passou depois, entre 1970-1974), a integrar a comunidade do Convento de Montariol (Braga), onde permanecerá entre 1974 e 1980. Os dois anos seguintes passou-os no Seminário da Luz (1980-1982), donde peregrinou, mais uma vez, para o convento de  Setúbal (1982-1985) e, depois para o Convento de Leiria. Viveu e trabalhou neste convento entre 1985 e 1999. As dificuldades de uma saúde que nunca foi grande mas que se vinha agravando obrigaram-no a recolher-se ao Convento da Luz e à Enfermaria deste mesmo Convento, onde veio a falecer. Homem bom e amigo, manteve sempre a candura e simplicidade que bebeu nas serras de Penude de Baixo. Foi um frade realmente “itinerante”: andou de convento em convento, para onde os Superiores o mandavam. Ocupou-se sempre dos serviços gerais e fraternos, como os de porteiro, despenseiro, cozinheiro, refeitoreiro, cerqueiro, sacristão etc. Agora que o Senhor o chamou para junto de si, pode descansar de todos esses trabalhos e das enfermidades de que tanto se ia queixando. Que o Senhor o tenha na sua paz e o recompense pela sua vida e trabalhos.

                                                                                               Frei Isidro Lamelas

quarta-feira, 11 de julho de 2012


Caros amigos resistentes...

Há dias fui a Barroselas (Viana do Castelo), despedir-me ou dizer a-Deus a um velho e bom amigo. Enquanto rezava na igreja matriz local, olhando o céu onde imaginava já o meu querido amigo, interpôs-se o tecto da igreja. E não pude deixar de notar as surpreendentes semelhanças com o tecto da nossa igreja paroquial de Penude. O mesmo estilo, os mesmos temas e o mesmo traço. Com uma diferença: este está muito bem restaurado e conservado, enquanto o nosso continua a suplicar que alguém se lembre dele quanto antes. Seria uma grande perda para a nossa terra, já que é talvez a obra de arte que temos com maior valor. Mas fiquei, por outro lado, mais tranquilo: se o nosso bonito tecto se perder (Deus nos livre!), ficará pelo menos algo de muito semelhante para a posteridade. Teremos é que ir a Barroselas…

Já agora, alguém saberá explicar tais semelhanças? o mesmo artista? a mesma escola? fenómeno de contágio ou mesmo plágio?

Abraço